Em Memória de Anthímio de Azevedo e de Miguel Magalhães Ramalho

No mês de Junho em que se comemora o Dia do Ambiente foi-nos finalmente possível percorrer vários locais duramente atingidos pela Depressão Martinho que se abateu sobre Sintra na noite de 19 de Março de 2025.

O vento, que atingiu mais de 160 kms por hora, provocou a queda de aproximadamente cem mil árvores na Serra de Sintra e à volta de trezentas árvores no Parque da Pena.

Certamente que a Monografia do Parque da Pena da autoria de Mário Azevedo Gomes, onde são descritas várias espécies arbóreas e a sua localização, constituirá um auxiliar precioso para que o Parque de Pena retome as suas históricas características apesar dos contratempos que as alterações do clima vão causando.

Já em 2006 o insigne meteorologista Anthímio de Azevedo, na Sessão dedicada ao 25º Aniversário da ADPS, no Palácio Valenças, na sua comunicação alertou para as mudanças climáticas que se iam observando e com apreensão dissertou sobre os sinais de alterações no clima que já se faziam sentir e para o futuro incerto que essas mudanças trariam para os seres humanos, a fauna, a vegetação e os oceanos.

Também nessa Sessão o ilustre Professor Miguel Magalhães Ramalho, na sua comunicação: “Património Cultural − Um Tesouro à Nossa Guarda”, referiu como as chuvas ácidas danificam alguns materiais que estão expostos aos elementos assim como as mudanças bruscas de temperatura, secas, chuvas torrenciais, tempestades e poluição.

Assim entendemos necessário e urgente a retoma de vários serviços florestais e a existência de equipas multidisciplinares para a monitorização e conservação contínua do Património da Paisagem Cultural Sintriana.

Associação de Defesa do Património de Sintra

adps.pt   -   adpsintra@gmail.com